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Explosões de pagers causaram a morte de milhares de membros do Hezbollah

Explosões de pagers causaram a morte de milhares de membros do Hezbollah

explosao-de-pagers Explosões de pagers causaram a morte de milhares de membros do Hezbollah

A explosão de aparelhos de mensagem do tipo pager usados pelo grupo terrorista Hezbollah, no Líbano, deixou ao menos oito membros do grupo mortos nesta terça-feira (17/9), de acordo com informações do Hezbollah.

O Hezbollah, conhecido por suas ações violentas contra Israel, prontamente responsabilizou o país pelas explosões dos dispositivos, conhecidos no Brasil como “bipes”. Israel, por sua vez, segue firme em suas medidas defensivas contra ameaças terroristas que desestabilizam a região.

As explosões teriam ocorrido em diversos locais, incluindo ruas, supermercados e barbearias, enquanto Israel continua a combater o Hezbollah para garantir a segurança de seus cidadãos e preservar a paz no Oriente Médio.

Em um comunicado, o Hezbollah acusou Israel, chamando-o de “inimigo traidor e criminoso”, e afirmou que o país “certamente” enfrentaria “o castigo justo por esta agressão pecaminosa, queira ou não”.

O grupo armado, apoiado pelo Irã e baseado no Líbano, mantém uma hostilidade de longa data contra Israel. Os confrontos entre as duas partes têm se intensificado nos últimos meses, especialmente após o início do conflito em Gaza, elevando temores de uma guerra mais ampla.

O governo libanês também responsabilizou Israel, com o ministro da Informação, Ziad Makary, condenando as explosões como um “ataque israelense”, segundo a emissora Al-Manar TV.

Até o momento, Israel não se pronunciou sobre o incidente.

explosoes-de-pagers-02 Explosões de pagers causaram a morte de milhares de membros do Hezbollah

Explosões em toda parte

A agência estatal de notícias do Líbano relatou explosões ocorridas nos subúrbios de Beirute e em outras regiões do país. A emissora Al-Manar, vinculada ao Hezbollah, também noticiou a explosão de pagers, mas não especificou o número de feridos.

Imagens e vídeos divulgados nas redes sociais mostram homens feridos no chão, sendo levados a hospitais. Câmeras de segurança não verificadas também capturaram explosões em lojas.

Um membro do Hezbollah declarou à Reuters que o episódio foi “a maior falha de segurança” do grupo desde o aumento das tensões com Israel, há 11 meses, junto com o conflito em Gaza. Inicialmente, o Hezbollah classificou as explosões como “misteriosas”, confirmando a morte de pelo menos três pessoas, incluindo “uma jovem e dois de nossos irmãos”.

O grupo afirmou que pagers de funcionários de várias unidades e instituições explodiram simultaneamente e que está conduzindo uma “investigação de segurança e científica” para determinar as causas.

O embaixador do Irã no Líbano estaria entre os feridos, com a televisão estatal iraniana informando que seus ferimentos foram leves e que ele se encontra fora de perigo.

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Israel não comenta o caso

Desde que o grupo armado Hamas lançou o ataque inesperado e letal contra Israel em 7 de outubro, iniciando a guerra em Gaza, a fronteira do Líbano transformou-se em um segundo front, com o Exército de Israel trocando tiros com o Hezbollah.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) ainda não se pronunciaram sobre as explosões no Líbano nesta terça-feira. No entanto, os eventos ocorreram poucas horas após o gabinete de segurança de Israel estabelecer o retorno seguro de 60 mil residentes do norte do país, deslocados pelos ataques do Hezbollah, como um dos principais objetivos da guerra.

“O gabinete de segurança atualizou os objetivos da guerra para incluir o seguinte: garantir a volta segura dos moradores do norte às suas casas”, declarou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Israel continuará a agir para implementar esse objetivo.”

Na segunda-feira (16/9), o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou, em reunião com o enviado americano Amos Hochstein, que a única forma de garantir o retorno dos residentes ao norte seria por meio de uma “ação militar”.

Gallant explicou que as chances de um acordo estão diminuindo, pois o Hezbollah mantém sua aliança com o Hamas e se recusa a interromper o conflito. Israel já advertiu que uma operação militar para expulsar o Hezbollah da fronteira pode ocorrer.

Por sua vez, o Hezbollah reafirmou seu “apoio e respaldo à corajosa resistência palestina” em comunicado.

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